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Amanhã, Quinta-feira, dia 8, o PCP promove por todo o País uma jornada pela defesa do Serviço Público Postal, pela recuperação do Controlo Público dos CTT. Em Viseu, pelas 10,30 horas, frente ao edifício central dos “Correios”, na Rua Combatentes da Grande Guerra, será feita uma distribuição de documentos alusivos, entre outras iniciativas.

O processo de privatização dos CTT é um desastre, de que só beneficiam os accionitas. Todos sabemos que as cartas deixaram de ser entregues diariamente e que, em algumas localidades de concelhos como Castro Daire, Cinfães, Resende, Sernancelhe, etc, o são apenas uma vez por semana e que os carteiros são obrigados a fazer a sua distribuição a correr. Mas talvez poucos tenham a dimensão do desastre, e a noção de que as coisas ainda vão piorar se a privatização não for revertida.

Na própria cidade de Viseu, os CTT têm vindo a fechar paulatinamente as Estações existentes, como aconteceu com a da Balsa, a da Rua Serpa Pinto, a do Parque Industrial de Coimbrões.

Nesta jornada o PCP pretende afirmar que:

- Com a privatização, o serviço Público e Universal dos Correios está a desaparecer, já que os donos dos CTT querem transformar a empresa num banco privado, liquidar o serviço postal universal, acabar com as Estações, transferir para as autarquias o custo de uma rede nacional, dedicando-se apenas aos negócios mais rentáveis do sector. Desde 2014, a empresa já distribuiu mais de 240 milhões de euros aos accionistas, sendo que em 2017 foram distribuídos mais 10 milhões de euros de dividendos aos accionistas do que os lucros registados pela empresa.

- O papel estratégico do serviço público é incompatível com o objectivo único dos grupos económicos: os lucros. A solução é retomar o controlo público dos CTT e centrar novamente a empresa no desígnio de prestar um serviço postal universal e de qualidade.

- O erro esteve na privatização. E se o erro esteve na privatização, é esse erro que deve ser corrigido o mais rapidamente possível, retomando o controle público sobre os CTT e centrando novamente a empresa no desígnio de prestar um serviço postal universal e de qualidade.

- Cabe ao Estado a responsabilidade de garantir que os serviços postais são assegurados em condições de igualdade a todos os cidadãos, devendo os Correios ser o garante de um serviço público efectivamente ao serviço do País e das populações, ao serviço da economia nacional e do desenvolvimento.

- É preciso aprofundar a luta, exigindo que o Governo do PS tome a opção certa - o controlo público dos CTT.

Viseu, 7/02/2018

O Gabinete de Imprensa da DORViseu do PCP