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Na sua recente visita à Escola Secundária de Castro Daire, a deputada do PCP na Assembleia da República, Ângela Moreira, assumiu com a Direcção o compromisso de questionar o Ministério da Educação sobre a falta de condições existentes naquele importante estabelecimento de ensino.

Atendendo às condições de degradação verificadas, o PCP acha incompreensível que na lista de escolas a intervir realizada pelo governo não esteja contemplada a Escola Secundária de Castro Daire. Na prática, mais uma vez o interior do País é esquecido e desvalorizado.

A situação em que esta escola se encontra, resulta claramente do desinvestimento a que a generalidade do edificado escolar e a escola pública têm sido votados por sucessivos governos.

As instalações desta escola remontam a 1982 e desde que esta se encontra em funcionamento, nunca foi sujeita a uma intervenção de conservação e manutenção profunda. Infraestruturas fundamentais necessitam de ser substituídas urgentemente como as canalizações, saneamento e rede elétrica, por apresentarem problemas graves, que põem em risco a segurança e saúde de toda a comunidade escolar.

Devido ao degaste das canalizações (em tubo galvanizado, há muito sem validade), as perdas de água representam custos acrescidos na fatura e a qualidade da água é duvidosa. A rede elétrica, pela idade e materiais obsoletos, não responde às exigências de eficácia e redução de custos que as novas tecnologias impõem. O edificado escolar quer exterior quer interior é bem representativo do desinvestimento dos sucessivos governos nesta escola do interior do país.

As intervenções pontuais realizadas nesta escola têm ocorrido graças à boa vontade e profissionalismo da comunidade escolar, como por exemplo na decoração das portas para disfarçar os buracos aí existentes ou nas pinturas de algumas paredes para dar um ar mais condigno ao espaço. Mas não eliminam os problemas de fundo com que esta escola se confronta.

Apesar das condições físicas da escola, e graças ao esforço estoico da comunidade escolar, esta tem conseguido cumprir, no essencial, com as suas funções, algumas vezes retirando verbas de atividade pedagógica ou de outras rubricas para acudir a manutenções mais urgentes do edificado escolar.

Esta escola conta com 500 alunos do 3ºciclo do ensino regular e profissional e ainda funciona como Centro Qualifica.

Outro problema prende-se com a falta de laboratórios. Sendo a avaliação dos alunos 30% de componente prática e não havendo capacidade de resposta instalada nessa área, os alunos acabam por ser prejudicados no seu desenvolvimento e notas finais. No interior é também notório o desgaste, deterioração e inadequação dos pavimentos, portas, paredes, polivalente, cozinha.  A sala de descanso dos professores é manifestamente insuficiente e desadaptada para as horas que têm de permanecer na Escola, sendo necessárias mais salas de trabalho.

O que deveria ser um “campo para a prática desportiva ao ar livre”, mais parece um parque de estacionamento degradado, configurando mesmo uma situação de atentado à segurança e integridade física de alunos e professores.

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Em consequência do exposto, a deputada do PCP na Assembleia da República, Ângela Moreira, perguntou ao governo, através do Ministério da Educação, o seguinte:

1.    Porque razão a Escola Secundária de Castro Daire foi “excluída” da listagem das escolas a intervencionar?

2.    Tem o governo conhecimento do estado de degradação das infraestruturas e edificado desta escola?

3.    Pretende o Governo fazer obras de requalificação nesta escola?

4.    Que medidas urgentes vai o Governo tomar para dotar esta escola das condições físicas adequadas ao seu funcionamento?

 Viseu, 11 de Março de 2019

O Gabinete de Imprensa da DORViseu do PCP

 

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