O Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, participou em Lamego, na noite de sábado, num jantar com mais de 150 camaradas e amigos em Lamego.
Alexandre Hohhman, dos organismos executivos da Direcção da Organização Regional de Viseu do PCP, foi o primeiro a falar, abordando a intervenção do Partido junto dos trabalhadores e das populações do distrito em defesa das suas reivindicações. Entre estas, referiu a abolição das portagens na A24 e na A25, a requalificação do IP3 e da linha ferroviária do Douro, a exigência do reforço dos recursos humanos e materiais nos hospitais de Lamego e de Viseu, a luta contra a bolsa de horas na PSA Peugeot/Citroën, em Mangualde, contra o encerramento de jardins-de-infância em Lamego, ou pela reposição dos serviços públicos encerrados e em defesa do património e da Casa do Douro.
O Secretário-geral do PCP, por seu lado, recordou as batalhas travadas pelo Partido em 2019 e deixou «uma preocupação de fundo»: «é que o PS pode considerar que chegou o momento de travar os avanços [alcançados] na nova fase da vida política nacional; pode ter a tentação de não concretizar alguns que ficaram expressos em Lei e em Orçamento e aumentar a sua submissão e dependência em relação à UE».
A propósito da discussão do Orçamento do Estado, aliás, Jerónimo de Sousa voltou a acusar o Governo do PS de «fazer escolhas identificando-se com os interesses da UE». Ou, dito doutro modo, «entre os problemas nacionais e as imposições da UE, essa escolha o Governo do PS já a fez».
Face a isto, o caminho, reiterou, é «ir para juntos dos trabalhadores, dos reformados, dos intelectuais, dos pequenos e médios empresários, dos pequenos e médios agricultores. Acompanhar, desenvolver e concretizar as suas propostas. Com aquela confiança inabalável de que temos razão, de que eles têm razão, e de que é possível uma vida melhor no nosso País».