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Em contacto directo com a população de Viseu, Jerónimo de Sousa recebeu palavras de incentivo e confiança, sinal de que, como notou, a influência da CDU no distrito pode vir a reforçar-se. As razões para ter confiança encontraram-se a cada metro galgado pelo centro da cidade. Na frente, os bombos da Comissão de melhorias de Ferreiro, Lamego, abriam caminho à caravana composta por militantes corajosos, incansáveis lutadores pelo progresso e a justiça, pelo ideal comunista e o socialismo. Uns metros mais atrás, Jerónimo de Sousa não tinha mãos a medir.
E os contactos começaram logo por um jovem, que questionou o secretário-geral do PCP sobre as soluções para os problemas laborais e o desemprego que afectam com particular brutalidade os da sua geração. Combate à precariedade, emprego com direitos, mais produção nacional para criar mais riqueza e melhor a distribuir, sublinhou Jerónimo de Sousa.
Mais adiante, as conversas foram mais curtas, mas nem por isso menos gratificantes. “Lute sempre e conte com o meu voto”, disse um reformado. “Aqui há um distrito em mudança”, disse o dirigente comunista quando abordado pela comunicação social sobre a calorosa recepção que estava a receber.
Entusiasmo fundado, que prosseguiu quando muitos visiences faziam questão de abraçar, saudar e incentivar Jerónimo de Sousa. “[nós, o povo] Já estamos fartos. Todos os outros partidos juntos não valem o que a CDU vale”, disse um mais afoito. “Este é que havia de ganhar”, afirma, por seu lado, Maria de Fátima Loureiro, desempregada apanhada de surpresa pela caravana da CDU. Surpresa, igualmente, foi a partida pregada pelo tempo, obrigando a arruada terminar antes de chegar ao local onde deveria realizar-se um mini-comício de rua. Valeu a guarida de alguns comerciantes, que de braços abertos acolheram a CDU.
Se este distrito já foi o cavaquistão e terreno que diziam hostil aos comunistas, o facto é que algo está mesmo a mudar.
