Comissão Distrital da CDU
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Agora que entrámos na OT, não posso deixar de aqui dar nota do sentimento que tenho face à proposta de 28 pontos na ordem de trabalhos para esta sessão. Ou o executivo deliberadamente o faz desvalorizando o debate e um órgão deliberativo com a relevância da Assembleia Municipal. Como se este fosse um lugar de mera ratificação de decisões executivas!
Quanto à informação da Presidente da Câmara:
Começa naturalmente a Senhora Presidente a sua informação a esta Assembleia, dando conta do número de inoculações contra a COVID- 19 realizadas no concelho até ao passado dia 7 de Junho. Dá-nos conta, de seguida, da receção e homenagem feita pelo Executivo, no “Salão Nobre dos Paços do Concelho”, aos voluntários do Banco e da Liga, que têm contribuído para “o bom andamento do processo de vacinação no concelho”. Como, com certeza por qualquer lapso involuntário, não dirigiu nenhuma palavra de agradecimento ou conforto aos médicos, enfermeiros, auxiliares e outros profissionais do Serviço Nacional de Saúde, que com zelo extremo, sacrifício da sua saúde e vida familiar realizaram as mais de 115 mil inoculações no concelho, quero convidá-la a associar-se a um voto de reconhecimento que proponho que esta Assembleia Municipal dirija a esse exército de combatentes pela saúde pública.
Noutro passo da sua informação e ainda relacionado com o tema, dá-nos conta, do seu regozijo pelas visitas que fez ao “cluster da saúde” constituído pela Casa de Saúde, pela Clínica JS e pela CUF. Foi com certeza por falta de tempo que não visitou o Centro Hospitalar Tondela Viseu, nem lhe ocorreu reclamar do Governo a rápida construção do Centro Oncológico e do novo Hospital Psiquiátrico ou, mesmo que fosse inserido nos roteiros para a comunicação social, visitar as obras das Urgências do Hospital de S. Teotónio, dando desse modo um sinal de apreço pelo Serviço Nacional de Saúde, que visa a prestação de cuidados de saúde a toda a população sem visar o lucro e o negócio. Percebi mais à frente que o fez por assumida opção política. Quando escreve, que “o Concelho importa pacientes”, sem aspas, como se estes fossem uma mera mercadoria transacionável, percebemos porque omite da sua informação o SNS.
Pressão sobre o governo, só mesmo para a ligação ferroviária a Viseu. Bem vinda à causa que o PCP/CDU travaram isolados durante anos. Mas, cuidado, veja se a ligação ferroviária a Viseu é mesmo uma reclamação unanime no Executivo e no PSD. É que, se hoje não há comboios em Viseu deve-se à decisão do Governo de Cavaco Silva, que em 1989/90 mandou encerrar as linhas do Dão e do Vouga, que faziam a ligação à cidade, com anuência do Executivo PSD. Se não tivessem sido encerradas estas linhas em nome do economicismo bacoco, hoje estávamos ligados à rede ferroviária nacional e a reclamar a modernização dos troços respetivos.
Quantos aos 300 postos de trabalho da Softinsa, desafio a Senhora Presidente a trazer à próxima reunião da Assembleia, a folha de descontos da empresa para a Segurança Social. Assim não restarão dúvidas sobre os vínculos laborais dos “colaboradores” e também se poderá aferir da qualidade do emprego nesta multinacional.
A promessa de construção para breve da “Rotunda do Matadouro” (em rigor, do ex-Matadouro), é uma boa notícia. Também esta foi uma reclamação das populações de Travassós/Rio de Loba, a que o PCP/CDU deu voz e que trouxe a esta Assembleia reiteradamente desde 2014. Basta ler as atas de então para ver como é que o Executivo recebia essa justa pretensão de todos quantos circulam ou têm de entrar ou sair para a 229.
Green Week – Poluição Zero – Se a poluição sonora entra nestas contas, quero afirmar perentoriamente que elas estão erradas. Basta passar durante a tarde e noite por algumas praças da cidade para perceber que a poluição sonora está muitos decibéis acima de zero e dos limites legais, o que é de todo contrário à propaganda da tal cidade melhor para se viver.
Doze mil árvores plantadas nos últimos anos, são um número significativo. No entanto a Mata Municipal de Vale de Cavalos continua negligenciada e praticamente ao abandono e a Câmara fecha os olhos à desmatação de carvalhos junto ao Fontelo, mesmo que em terrenos particulares. Se em 2007, PS, PSD e CDS não tivessem chumbado o Projeto de Lei n°255/x proposto pelo PEV-Partido Ecologista Os Verdes, talvez tivesse sido hoje mais fácil evitar o corte dos carvalhos pois seriam espécie protegida.
Diz-nos a Senhora Presidente como sendo novidade, que o executivo em permanência se “deslocou às freguesias”. Não precisava dizer, todos nós sabemos… ou não estivéssemos em véspera de eleições. “Ir às freguesias…” é uma necessidade absoluta do executivo, nem que seja para renovar uma promessa não cumprida, colocar uma lona com o anúncio de obras há muito ansiadas pelas populações, inaugurar aquela pequena obra para simular a atenção que não existe com as populações, sobretudo as rurais.
Uma nota final sobre a nova Loja de Turismo de Viseu. Compreendendo todo o significado que subjaz à sua instalação na Casa Museu Capitão Almeida Moreira, mas dizer que tenho recebido queixas de operadores turísticos face a esta localização. Perguntam repetidamente porque desapareceu o quiosque do Rossio, lugar privilegiado e natural para este serviço. Não é natural a entrada dos turistas por aquele acesso ao CH, mostram-se muitas vezes descontentes e perdidos. Bom seria repensar a reabertura do posto de informação turística no Rossio.
Viseu, 28 de Junho de 2021
A eleita da CDU na Assembleia Municipal de Viseu
Filomena Pires
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O assunto que aqui trago diz respeito a todos uma vez que se relaciona com o coração da cidade.
Em 19.4.21, comerciantes e moradores do CH, endereçaram uma carta aberta à Sr.ª Presidente da CMV dando nota da apreensão vivida face aos condicionamentos de trânsito decorrentes de obras em curso naquela zona, nomeadamente nas ruas do Comércio e Rua D. Duarte.
Este condicionamento ocorre em dias úteis, manhã e tarde, sem sinalização no local, sem aviso prévio. Fiz o levantamento exaustivo dos avisos publicados pela CMV, sempre on-line, e concluí que estes são publicados no próprio dia, no dia anterior ou não existiram simplesmente, num desrespeito profundo por agentes económicos e moradores. Há queixas de discriminação da parte da CMV para com os operadores diurnos e proteção aos que operam de noite.
Pediam os subscritores da referida carta a divulgação de uma alternativa de circulação sinalizada no local onde o condicionamento existir; notificação prévia (48horas antes) através de SMS/mail para melhor planificação das rotinas.
A resposta dada pelo executivo disse apenas que a partir de 1.6.21, o corte na Rua Luís Ferreira, seria apenas pontual, por um máximo de 30 minutos. Ainda na semana passada esta "promessa" foi quebrada sem aviso prévio, sem indicação de alternativa no local ou on-line.
Queixam-se os comerciantes de fortes quebras na faturação, asfixiante para alguns casos já fragilizados pelo confinamento pandémico, pela desertificação do CH, pela abusiva presença de grandes superfícies comerciais na cidade. A preocupação agrava-se quando a previsão é de que as obras se prolonguem por mais 10 anos.
Lamentam ainda e não compreendem que não sejam cumpridas as promessas feitas em reunião promovida pela CM e que decorreu há 1 ano na sede da Associação Comercial, a saber, instalação de MB, acesso à rede de distribuição de gás natural bem como ao serviço de fibra ótica.
Pergunto quando serão cumpridas estas promessas.
Na qualidade de eleita pela CDU, recomendo, Sr.ª Presidente, que atenda às sugestões feitas na carta aberta aqui referida. Recomendar ainda que seja feito o levantamento rigoroso e objetivo dos prejuízos decorrentes do condicionamento de trânsito da Rua Direita, Rua D Duarte e Rua do Comércio e seja ponderada a criação de uma medida que possa obviar a esses prejuízos.
Obras, Sim, mas com o devido respeito por quem não desiste do Centro Histórico!
Viseu, 28 de Junho de 2021
A eleita da CDU na Assembleia Municipal de Viseu
Filomena Pires
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Recomendação da CDU à Câmara Municipal de Mangualde para que esta atribua à mangualdense Maria Teresa de Almeida Cruz a Medalha de Ouro da Cidade de Mangualde foi aprovada por unanimidade na Assembleia Municipal de 29 de Junho.
Em anexo o conteúdo da Recomendação, apresentada no período de Antes da Ordem do Dia pelo eleito da CDU Fernando Campos.
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MARIA TERESA DE ALMEIDA CRUZ
Nasceu em Mangualde no dia 23 de Abril de 1940
Fez em Mangualde a Instrução Primária e o Ensino Secundário no Colégio de S José e Santa Maria.
1964- No seu 3º Ano de Faculdade foi professora nos Colégios Masculino e Feminino de Tondela e na Escola Industrial e Comercial de Campo de Besteiros.
1967- Termina a Licenciatura em Filologia Germânica (curso de 5 anos).
1969 a 1973- Colocada na Escola Dr. António da Costa, em Almada.
1973 a 1975 – Regressada a Mangualde foi colocada na Escola Industrial e Comercial , secção de Viseu em Mangualde.
1975/1976 – Estágio Clássico do 9º Grupo na Escola Emídio Navarro em Viseu.
1976/1977 - Colocada na Escola Secundária de Mangualde .
- Nomeada Interlocutora de Avaliação com o Grupo de Avaliação da Direcção Geral do Ensino Secundário.
1978- Já Professora Efectiva exerceu, durante vários anos, cargos e actividades entre os quais:
- Presidente do Conselho Directivo e Administrativo.
- Delegada à Profissionalização em Exercício.
- Promotora de variadíssimas Acções de Formação para professores.
- Autora de um projecto “NOVO PARADIGMA DA EDUCAÇÃO COMPENSATÓRIA”, premiado pelo Instituto de Inovação Educacional, sendo aconselhada a sua publicação.
1986/1988 – Após concurso, foi requisitada para exercer funções de Orientadora Pedagógica a Professores na Escola Superior de Educação em Viseu.
1991/ 1993 – Após ter sido aprovada em exame escrito, foi admitida a fazer Pós-graduação em Administração Escolar na Escola Superior de Educação do Porto, com equiparação a bolseira, que termina com a classificação de 18 valores.
1998/2000 - Nomeada pela Coordenação da Área Educativa (CAE) para Presidente da Comissão Instaladora da Escola que, sob sua proposta, viria a ser designada por ANA DE CASTRO OSÓRIO, em Mangualde.
2000 - Após aquela Presidência solicitou a sua passagem à situação de Reforma.
Ao longo da sua actividade, como professora, frequentou diversos cursos de Língua inglesa em Universidades do Reino Unido, sendo de salientar o curso na Universidade de ABERDEEN na Escócia, onde foi representar a zona centro do país, após ter ganho uma bolsa pela apresentação de um trabalho em Língua Inglesa na Internacional Chouse.
2003 a 2005- Assumiu entusiasticamente a criação da UNIVERSIDADE SÉNIOR do ROTARY CLUB DE MANGUALDE, sendo nomeada sua Presidente.
Em homenagem ao seu labor e méritos pedagógicos, a Escola Ana de Castro Osório, que fundou e exemplarmente dirigiu, atribuiu o seu nome a uma Rua do Estabelecimento Escolar.
ACTIVISMO POLÍTICO
Esteve sempre em ligação com a organização clandestina do PCP antes do 25 de Abril, assumindo um papel destacado nas lutas estudantis na Universidade de Coimbra.
Depois do 25 de Abril integrou sempre as listas autárquicas promovidas pelo PCP, sendo eleita para a Assembleia Municipal de Mangualde em três mandatos onde foi a porta-voz da então APU, hoje CDU.
Nesse órgão, apresentou construtivamente muitas propostas que aprovadas e postas em prática, dignificaram a vida dos mangualdenses e viu rejeitadas outras que, se aceites, teriam contribuído para que se vivesse melhor naquele concelho.
Mangualde, 1 de Julho de 2017
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Recomendação
Maria Teresa de Almeida Cruz tem um lugar cimeiro na plêiade de Mulheres de Abril. Mulheres de grande coragem e convicção, que nunca viraram a cara à luta que sem tréguas travaram em prol da liberdade, da democracia e de um Portugal mais justo.
Uma mulher que é um exemplo de intervenção cívica e política cujo currículo evidencia o exemplar trabalho desenvolvido em prol da educação, pilar imprescindível à democracia, à emancipação e realização humanas.
Durante vários anos desempenhou vários cargos e actividades que nos abstemos de referir por constarem do currículo em anexo.
Depois do 25 de Abril integrou sempre as listas autárquicas promovidas pelo PCP, sendo eleita para a Assembleia Municipal de Mangualde em vários mandatos.
Nesse órgão, apresentou construtivamente muitas propostas que aprovadas e postas em prática, dignificaram a vida dos mangualdenses e viu rejeitadas outras que, se aceites, teriam contribuído para que se vivesse melhor naquele concelho.
Em homenagem ao seu labor e méritos pedagógicos, a Escola Ana de Castro Osório, que fundou e exemplarmente dirigiu, atribuiu o seu nome a uma Rua do Estabelecimento Escolar.
Nos termos do Regulamento dos Galardões Municipais de Mangualde, propomos que Câmara Municipal de Mangualde atribua à mangualdense Maria Teresa de Almeida Cruz a Medalha de ouro da cidade de Mangualde.
Mangualde, 29 de Junho de 2021
O eleito da CDU na Assembleia Municipal de Mangualde
Fernando Campos
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