Foi no cenário natural do Parque Aquilino Ribeiro que a CDU apresentou Miguel Tiago como primeiro candidato pelo círculo eleitoral de Viseu, às eleições de 6 de Outubro.
Perante mais de uma centena de participantes, coube a Francisco Almeida, Coordenador do SPRC Viseu e do Secretariado da Fenprof, fazer a apresentação do candidato, sublinhando os aspectos mais relevantes da sua actividade como dirigente estudantil e da JCP, como deputado na Assembleia da República em quatro legislaturas, período em que, entre 2005 e 2015, acompanhou como deputado o distrito de Viseu.
Se não tendo sido eleito por Viseu Miguel Tiago foi o deputado presente nas grandes causas do Distrito, o que não poderá fazer pela qualidade de vida e desenvolvimento da região como deputado eleito por este círculo, referiu.
Na sua intervenção Miguel Tiago, começou por caracterizar aspectos significativos da nova fase da vida política nacional e de realçar que «há uma grande e substantiva diferença para melhor entre a vida de hoje e a vida de há 4 ou 5 anos».
Em Viseu, frisou, «apresentamos uma candidatura para disputar todos os lugares do parlamento, uma candidatura que está no terreno todos os dias e não apenas nas campanhas eleitorais”.
A CDU que agora se candidata é a mesma CDU que esteve na porta da PSA, que esteve na luta pelo nó de Calde à A24, que exigiu o matadouro público, que lutou pela Universidade de Viseu e pelo caminho-de-ferro na região. Esta CDU é a mesma que veio aos centros de saúde exigir médicos onde faltavam, a mesma que visitou escolas e participou nas iniciativas dos ex-trabalhadores da ENU.
Eu próprio, como deputado, conheço o distrito desde 2005 e participei em diversas iniciativas. Levei ao parlamento dezenas de perguntas ao Governo, tendo visitado lugares, instituições e reunido com trabalhadores, populações, associações culturais e empresarias o que possibilitou uma intervenção continuada de levantamento de problemas e luta pela sua resolução.
Com os produtores de maçã de Armamar e Moimenta da Beira pela construção das barragens e os apoios necessários ao desenvolvimento da actividade e mecanismos de comercialização. Em Tarouca e Lamego intervindo pela disponibilização de meios financeiros que permitissem salvar e recuperar o património religioso de S. João de Tarouca, Salzedas, Ferreirim, Ucanha. Em Cinfães e Resende pela melhoria das acessibilidades e a construção das ligações à A24 e à A4. Em Castro Daire pela requalificação da EN 225 e planos de ordenamento florestal. Em S. Pedro do Sul pela melhoria dos serviços de saúde, nomeadamente Em Stª Cruz da Trapa, e melhores ligações a Viseu (EN16) e à A25. Em Nelas intervindo de forma pioneira e consequente pelo reconhecimento aos ex-mineiros da ENU, expostos durante anos à radioactividade, do direito à antecipação da reforma, à monitorização médica e o direito à indemnização por morte de familiar por doença causada pela radioactividade, pela conclusão do IC12 e construção do IC31. Em Tondela pelo plano de ordenamento e reflorestação com espécies endógenas da Serra do Caramulo e a defesa dos apicultores e do apoio estatal à ACERT, pelo seu papel insubstituível na dinamização cultural do interior. Em Mangualde em defesa dos trabalhadores da PSA, contra a bolsa de horas e a perda de direitos e pela melhoria das condições de prestação de cuidados de saúde no Centro de saúde Local. Em Penalva do Castelo pela construção do novo centro de saúde, contra a falta de médicos, pelo regresso do concelho à alçada do Tribunal de Mangualde. Em Viseu pela instalação da Radioterapia e construção do Centro oncológico no Hospital de S. Teotónio, pela ligação ferroviária à linha da Beira Alta, pelo estudo para a recuperação da Linha do Vouga, pela duplicação e requalificação em perfil de auto-estrada do IP3, pela instalação da Universidade Pública. Em Oliveira de Frades e Vouzela, no apoio às vítimas dos incêndios.
Em todo o distrito, por um Plano de Desenvolvimento Integrado, pela melhoria das condições de vida da população, reclamando sempre investimento para a criação de infra-estruturas necessárias ao desenvolvimento e à fixação das populações.»
Mais adiante, comentando o cortejo de mentiras editadas em alguns órgãos de comunicação social sublinhou que «Esta opção de renovação/de rejuvenescimento e optar por indicar quadros com provas dadas para distritos e círculos eleitorais onde queremos e vamos alcançar resultados melhores, é uma opção de ambição, de audácia e de aposta. Julgo que isto só com muita má vontade pode ser deturpado.»
A apresentação terminou em ambiente de festa com a intervenção musical da jovem mangualdense Margarida Esteves.
Na mesa estiveram Miguel Martins, da Comissão Executiva Nacional do PEV, Isabel Rodrigues, médica, de S. Pedro do Sul, independente, Francisco Almeida, do executivo da DOR Viseu do PCP, Octávio Augusto, da Comissão Política do CC e João Abreu do CC e responsável pela organização do distrito.
Viseu, 1 de Julho de 2019
O Gabinete de Imprensa da CDU Distrito de Viseu