Ex.º Senhor Presidente, digníssima mesa, senhores deputados e restantes pessoas aqui presentes. Sou cliente deste mercado. Ouço os comerciantes que ali operam e não posso deixar de trazer aqui as preocupações que manifestam. Gostaria de saber por que razão a redução de taxa aqui proposta não abarca todos os comerciantes instalados na galeria? Relativamente à atualização das taxas cobradas e referida no documento em análise, quando serão atualizadas? Há entre os comerciantes grande preocupação com os valores que virão a ser cobrados, dizem mesmo que um precioso serviço social pode estar em risco. Este serviço é realizado pela Ordem dos terceiros, o maior cliente de pão de uma das lojas ali instaladas. A troco de um pequeno abatimento no preço, pessoas carenciadas, procedem ao levantamento de pão mediante a apresentação de senhas pagas e distribuídas por aquela Ordem. Um exemplo que poderia e deveria ser seguido por outras instituições de caráter social e que certamente contribuiriam para a sustentabilidade da nossa Praça. Um serviço social que pode desaparecer caso o valor das taxas venha a tornar-se incomportável para o volume de vendas realizadas.
Os vendedores, nomeadamente de pão e queijo, aceitaram mudar para a galeria perante a promessa de que as condições de pagamento se manteriam, de que todos vendedores, nomeadamente os que são produtores, se mudariam para o interior do edifício. A acontecer uma atualização de taxas, serão salvaguardadas as referidas condições? Que razão justifica que os vendedores produtores tenham permanecido no exterior do edifício?
Queixam-se os vendedores instalados nas galerias na sequência do acordo firmado com o executivo camarário, de que os acessos à galeria através da escada existente contribui para que os clientes, maioritariamente idosos, não acedam à galeria diminuindo assim o potencial de vendas. Já ocorreu mesmo a queda de clientes, sendo que o acesso do INEM à galeria não foi facilitado. Reclamam ainda que as descargas destinadas à galeria sejam permitidas na entrada sita na Avenida António José de Almeida, evitando assim a subida de escadas com pesos penalizadoras para as vendedoras, uma vez que o elevador não dá a resposta necessária.
(88,00 euros, se for aplicada a atualização mostrada passa a 200 e tal euros – aumento de quase 300% (era a partir de Janeiro), o vendedor (pão e queijo) diz que no máximo suportará uma renda de 100%; 35 euros da vendedora de queijo passariam para 98 euros quando há dias em que não faz mais que 10 euros!)
Viseu, 29 de Junho de 2016
A eleita da CDU
Filomena Pires