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No âmbito dos contactos institucionais que a CDU tem vindo a desenvolver e no sentido de conhecer as dificuldades vividas pelas instituições de apoio na área da deficiência, as candidatas Emília Costa e Filomena Pires visitaram hoje a APPACDM e a APCV em Viseu.

Um dos principais problemas identificados prende-se com a falta de financiamento por parte da Segurança Social às instituições, no que toca às deslocações. A APCV acolhe no seu Centro de Actividades Ocupacionais jovens provenientes de fora do concelho de Viseu. Como o custo por quilómetro não está assegurado pelos subsídios atribuídos, dá-se a acumulação de significativo défice financeiro. Além disto, há sobrecarga de trabalho para os auxiliares que têm que acompanhar a deslocação destes utentes, inviabilizando uma maior especialização destes profissionais. Foi manifestada preocupação por haver famílias que retiram os seus entes da instituição, mantendo-os em casa, sem qualquer apoio técnico especializado, na sequência das dificuldades económicas vividas, onde qualquer pensão é uma garantia de sobrevivência, desconhecendo-se as futuras consequências daqui decorrentes.

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A grande dificuldade apresentada pela APPACDM é a incapacidade para dar resposta às solicitações na valência de lar/internamento. Há mais famílias a procurar este apoio do que instalações disponíveis. A lista de espera é extensa pois há poucas respostas sociais a esta problemática por parte do Estado. No âmbito da formação profissional há cortes financeiros que provocam a diminuição da oferta e risco de despedimento de profissionais que garantem esta formação. À semelhança do que ocorre com os estágios profissionais, também aqui a integração dos formandos no mercado de trabalho é precária, pois na generalidade dos casos, tem a duração coincidente com o período de financiamento realizado pelo IEFP.

Abordada foi também a questão do apoio para a doença mental. A Segurança Social não investe em estruturas quer de acolhimento, quer de acompanhamento dos portadores de doença mental, sendo que o seu número está a crescer. O Hospital Psiquiátrico de Viseu está no limite da sua capacidade e por isso encaminha os doentes mentais para lares que não estão capacitados para os acolher.

Por último, a nova Lei de Bases da Economia Social é encarada com preocupação pela possibilidade de aumentar a desresponsabilização do Estado em relação às IPSS.

As candidatas da CDU comprometeram-se a levar ao futuro parlamento estas questões decorrentes da desresponsabilização do Governo PSD/CDS  pelo apoio às IPSS e o desinvestimento nas áreas sociais.

Viseu, 29/09/2015

O Gabinete de Imprensa da CDU VIseu