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Está em distribuição no Concelho de Mangualde, o “Boletim” de Outubro/2020 da Comissão Concelhia do PCP. O “Boletim”, pretende ser um documento de “prestação de contas do trabalho da CDU na Assembleia Municipal de Mangualde”. Neste documento, com uma tiragem média de dois mil exemplares, está reflectida a intervenção do PCP na Assembleia Municipal de Mangualde e outros assuntos que interessam as populações.
Versão escrita
“BOLETIM” de Nº 3/2020 - OUTUBRO DA COMISSÃO CONCELHIA DE MANGUALDE DO PCP
Mesquitela: As incapacidades e incompetências da Câmara e da Junta
Na Assembleia Municipal de 29 de Setembro o eleito da CDU, Fernando Campos, apresentou um requerimento com várias denúncias reportadas pela população do concelho e os respectivos pedidos de esclarecimento.
Em visita da CDU à aldeia da Mesquitela os moradores colocaram questões sobre um conjunto muito vasto de situações pouco claras e mesmo inadmissíveis:
Na Rua das Moitas existe um troço da antiga Estrada Romana que ligava Mangualde a Gouveia. Estrada essa que, diga-se de passagem, tem sido sistematicamente vandalizada, e mesmo destruída, por sucessivos executivos da Câmara.
Como informaram os moradores, através dos serviços de arqueologia da Câmara o referido troço foi alvo de uma acção de limpeza e de manutenção. Durante maís de um ano a circulação foi proibida de pessoas e viaturas. No final o arqueólogo divulgou os resultados nas redes sociais.
Estranha-se, e ninguém percebe o porquê, de agora estar a decorrer o calcetamento desta parte do caminho, junto a uma instalação agro-pecuária aí existente. As obras começaram exactamente por cima da Estrada Romana que, como constatou a delegação da CDU, já está coberta por paralelos!
Como sublinhámos no Boletim nº 2 Decorreram na Rua Direita, obras de requalificação do seu pavimento. Obras essas necessárias e há muito reivindicadas pela população.
Os moradores queixaram-se que era incompreensível que não se aproveitasse o levantamento total da calçada para requalificar a rede de abastecimento de água, nomeadamente os ramais para as casas.
Como referiram os habitantes, as várias bocas-de-incêndio não funcionam e carecem de substituição urgente. As grelhas do aqueduto carecem de recuperação.
Dois meses depois novo levantamento do pavimento para proceder a obras nos ramais de água. E a situação vai repetir-se.
Não seria de tratar os ramais, as bocas-de-incêndio e as grelhas numa só vez? Quanto custou este erro de planificação?
Destrói-se o que ainda há pouco tempo foi construído...
Quanto custa ao orçamento da Câmara Municipal esta asneira? Onde está a competência de quem planeia? Quantas mais vezes se vai repetir esta inadmissível situação? Quem paga?
Quem responde por toda esta embrulhada?
Na ocasião os moradores transmitiram à CDU a necessidade urgente da requalificação do piso da Rua da Portela, uma reivindicação também já antiga.
Na Rua de Santo António existe uma casa devidamente licenciada e quem lá mora paga os mesmos impostos que os demais. Sem que se perceba o porquê o calcetamento termina a cerca de 10 metros da habitação.
Por seu lado o Largo do Cemitério não está asfaltado e o local para estacionamento de viaturas está cheio de ervas e completamente ao abandono.
Na Rua Quinta da Lavandeira existem 3 casas de habitação, também com a sua situação totalmente legalizada. Os moradores há anos que pedem a pavimentação da rua. Têm sido eles que têm assegurado a manutenção do caminho, o que tem impedido a sua obstrução.
«CDU é na Assembleia Municipal a Voz dos Mangualdenses Esquecidos pela Câmara»
Como referiu Fernando Campos, uma das casas que ardeu na Abrunhosa-do-Mato está pronta há meses, mas contínua sem fornecimento de água e de electricidade. Os móveis em segunda mão prometidos continuam sem aparecer. A pessoa em questão dorme por favor em casas alheias. A CDU exige que a Câmara resolva esta situação que incompreensivelmente se arrasta há anos.
Os moradores da Rua Veiga Simão e da Rua Luís de Camões em Mangualde queixam-se que no Verão a água não tem pressão suficiente. Esta situação é do conhecimento da Câmara e da Junta, que foram várias vezes contactadas ao longo de anos. Pelos vistos este problema não os preocupa já que nada fazem.
Existem em todas as freguesias águas não controladas para consumo que podem ser utilizadas nas regas dos jardins e parques, poupando-se assim a água da rede, que, como consta da factura, é um bem precioso. A Câmara parece não ter um plano nesse sentido a fim de obter uma real poupança de água. Não admira pois que em algumas aldeias surjam mangueiras ligadas ao chafariz
A pedido dos moradores o eleito a CDU visitou a aldeia de Vila Nova de Espinho e constatámos a falta de saneamento e um deficiente abastecimento de água. Esta situação É inadmissível em pleno século XXI.
Na Assembleia Municipal de 27 de Fevereiro de 2020, em nome da CDU, Fernando Campos entregou um requerimento sobre a existência de um estaleiro de construção civil em plena zona residencial na Rua Principal, do Bairro de São Pedro, em São Cosmado. Como vem sendo hábito não obtivemos resposta.
Em 20 de Agosto foi requerido por carta, entregue em mão e enviada por email, que fossem facultados os documentos relativos ao processo de licenciamento do referido Estaleiro.
Até hoje 45 (quarenta e cinco) dias depois, nem uma linha, nem um contacto.
Todas estas questões foram colocadas por escrito à Câmara através da Mesa da Assembleia Municipal. A falta de resposta e a não resolução dos problemas, não abonam a apregoada e falaciosa imagem de transparência que o município quer dar de si.
Bairro da Imaculada Conceição
Equipamento social de lazer em total abandono
Estas imagens tiradas no Bairro da Imaculada Conceição ilustram na perfeição as consequências da incúria e da incompetência da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia.
Estamos perante um equipamento polidesportivo, pago com dinheiros públicos fruto dos nossos impostos, que se apresenta num estado de degradação inaceitável.
A área envolvente está votada ao desmazelo, mais parecendo um terreno abandonado em vez do jardim que deveria ser.
Quem sai prejudicado são todos, homens e mulheres, novos e velhos, que estão impedidos de fruir de um espaço de desporto, de convívio e de lazer.
A situação não surgiu agora, saída do nada. Antes pelo contrário. Mais um exemplo do que andaram, e andam, a (não fazer) os autarcas responsáveis do concelho e da freguesia!
O que se passa?
Foi Fernando Campos que alertou várias vezes para a situação do pavimento da Rua dos Piscos e na Rua do Campo em Cubos. Começou finalmente o assentar de paralelos. E na Rua Principal (Central) foi colocado novo pavimento.
A obra está apenas metade feita. Vai devagar, muito devagarinho. Está mesmo parada. Material e máquinas estão no local, ao abandono. O que se passa? O dinheiro não chega?
Onde está a paixão pela educação?
Os pais dos alunos da EB 1 da aldeia da Mesquitela fizeram chegar há CDU várias queixas sobre situações verificadas no início deste ano lectivo de 2020/2021.
Referem que a água da rede pública não tem pressão e que sai castanha das torneiras. Os pais estão a levar água para os filhos puderem beber em segurança!
As crianças até agora não têm televisão, tal como não tiveram no ano lectivo transacto.
Segundo os pais esta é uma situação que só se verifica nesta escola. Ao contrário do que sucede em todas as outra escolas do concelho onde as crianças usufruem deste meio de comunicação.
Outra fonte de preocupação dos encarregados de educação é a inexistência (ou não funcionamento) de uma campainha para anunciar a sua presença com o portão fechado devido à pandemia.
Também na EB 1 de Moimenta Maceira Dão o ano lectivo não começou da melhor forma.
Segundo os pais que contactaram a CDU, foram convidados à última da hora pelo telefone(!) para limpar um novo espaço para servir refeições às crianças uma vez que as turmas aumentaram.
Será que esse espaço tem condições?
A realidade é que até hoje o espaço não foi limpo e as crianças estão a comer por turnos.
«Quem vier para no-la tirar connosco se há-de haver!»
Numa visita à aldeia de Contenças de Cima do eleito da CDU, Fernando Campos, os moradores informaram que um cidadão decidiu construir uma casa em terreno dos Baldios.
Segundo referiram, o alvará de construção que a câmara passou supostamente não está correcto, pois o artigo do terreno em causa dista cerca de 250 metros do local onde se está a construir.
A ser assim, o que poderá acontecer é o casal ter de demolir a obra à sua custa, por forma a entregar o terreno ocupado aos compartes, no estado que se encontrava antes dessa ocupação.
Tinha razão o escritor Aquilino Ribeiro quando, a propósito da luta dos povos dos baldios e o seu movimento associativo, escreveu «a serra foi dos serranos desde que o mundo é mundo, herdada de pais para filhos. Quem vier para no-la tirar connosco se há-de haver!»
Gabinete de Imprensa
Comissão Concelhia de Mangualde do PCP