Há cerca de 10 anos verificou-se o abatimento de uma mina na rua Maria Clara de Vasconcelos Pereira, no lugar de Fojô.
O abatimento pôs em perigo imediato duas moradias e levou a Câmara a impor a sua evacuação.
Passado tempo sobre o incidente, verificou-se que uma das moradias apresentava um abatimento de 9 cm.
Como meio de consolidar os terrenos e garantir a segurança das construções, os moradores construíram uma estrutura de betão armado e procederam ao enrocamento de vigas.
Há mês e meio, poucos metros abaixo, na mesma rua, verificou-se novo aluimento, perigando de novo a segurança dos moradores.
A única medida tomada pelas autoridades competentes foi atulhar o buraco com terra.
Decorridas quatro semanas, novo abatimento se verificou, ficando um buraco a céu aberto à margem da rua.
Desconhecemos que a Câmara tenha tomado quaisquer medidas práticas. A Junta, pela sua parte, mandou colocar um largo tubo de plástico, tentando que a água escorrente não caia no buraco e faça mais estragos.
Face a esta situação, a CDU promoveu a visita ao local de alguns dos membros da sua Comissão Concelhia, acompanhados do Presidente da Junta de Freguesia de São Cristóvão de Nogueira.
Esteve também no local um repórter da Rádio Montemuro, que recolheu e depois difundiu o testemunho de uma moradora, do Presidente da Junta e de um dirigente da CDU concelhia.
Face aos elementos recolhidos, a Comissão Concelhia de Cinfães da CDU sente ser seu dever assinalar junto das autoridades, e nomeadamente junto da Câmara Municipal de Cinfães, que:
A situação envolve riscos potenciais graves para os moradores da zona.
Está ameaçada a segurança não apenas das quatro moradias daquela rua mas também de outras moradias que ficam na pendente da montanha, abaixo das casas directamente afectadas.
- É necessário assegurar o escoamento das águas pluviais; a construção da rua implicou a criação de novos caminhos da água escorrente, o que, na falta de valetas impermeáveis representa um grave risco para a estabilidade dos terrenos.
- É indispensável proceder com urgência a uma monitorização dos terrenos da encosta, de modo a detectar minas e luras que sejam uma ameaça de novos abatimentos.
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É necessário e igualmente urgente remover grandes calhaus que após a construção da rua foram deixados mal acondicionados entre a estrada e a rua e que podem um dia rolar monte abaixo contra as habitações.
Diz-se que uma equipa técnica do LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil visitou o local. É necessário que a CM de Cinfães dê público conhecimento das conclusões a que chegou a referida equipa.
A Câmara de Cinfães, que licenciou a construção das habitações naquele lugar e naquelas condições tem o dever de proceder a uma reanálise da situação e de tomar medidas que garantam a segurança dos moradores.
Cinfães, 22 de Abril de 2013
A Comissão Concelhia de Cinfães da CDU – Coligação Democrática Unitária