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Preocupado com a demora no arranque das obras para a construção do Centro Oncológico de Viseu, que irá albergar o serviço de Radioterapia, o Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República, através da deputada Ângela Moreira, voltou a questionar o Ministro da Saúde, para que esclareça o ponto de situação do processo e aponte datas concretas para a efectivação desta imprescindível resposta médica aos milhares de doentes que na área coberta pelo CHTV sofrem desta patologia.

A deputada do PCP, lembrou o Ministro da Saúde que o Hospital de S. Teotónio já dispõe de um serviço de oncologia médica com um volume de doentes em algumas patologias semelhante ao do Centro Hospitalar de Coimbra (CHUC), para cuja unidade são encaminhados todos os doentes que necessitam de radioterapia, agravando por esse facto, problemas de saúde dos utentes, pelas cansativas viagens no IP3 e com custos elevados e desnecessários para o SNS.

O Centro Hospital Tondela Viseu, recebe todos os anos mais de 1.000 doentes do foro oncológico e paradoxalmente continua sem um serviço que dê resposta aos tratamentos de radioterapia que se impõem nestas patologias.

É urgente e inquestionável (a não ser para o Ministro da Saúde e para o Ministro das Finanças) a construção de um serviço de radioterapia no Hospital de S. Teotónio. Os milhares de utentes que necessitam desta resposta, necessitam de um serviço de proximidade, dotado dos meios que permitam um tratamento mais eficaz, mais célere, com mais comodidade para os utentes e menos custos para o Estado.

Acabou o tempo das promessas vãs. Todos nos lembramos das garantias dadas pelo Secretário de Estado da Saúde em Julho de 2017, sobre o lançamento do concurso público ainda em 2017, para as obras de instalação da radioterapia no CHTV. Também nos lembramos do mesmo Secretário de Estado prometer que a “valência”, obras concluídas, entraria em funcionamento no início de 2019.

Em declarações públicas, em Abril deste ano, o Presidente do Conselho de Administração do Hospital de São Teotónio, chegou a afirmar que a construção do serviço de radioterapia naquele centro hospitalar estava autorizada, com verbas próprias e com programação definida, mas que “aguardava autorização do Ministério das Finanças”, acrescentando que o visto do tribunal de Contas também não tinha chegado. 

Perante tanta indefinição e atraso, e para além do questionamento que irá fazer ao Ministro da Saúde sobre o assunto, em matéria de discussão na especialidade do Orçamento do Estado, a deputada do Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República, Ângela Moreira, dirigiu ao Governo, através do Ministro da Saúde, as seguintes perguntas:

1 – Qual o ponto de situação em que se encontra o processo de construção da Radioterapia no Centro Hospital Tondela Viseu?

2 – Que medidas vai o Governo tomar para que este serviço seja construído com a urgência que a situação exige?

Alvo de uma prolongada ofensiva, o Serviço Nacional de Saúde está hoje fortemente condicionado na sua missão constitucional de garantir o acesso à saúde a todos os portugueses.

O PCP reafirma a importância da existência do SNS na missão de garantir a prestação de cuidados de saúde de qualidade a todos os portugueses. A construção urgente do serviço de radioterapia no CHTViseu, é obrigação inalienável do Estado e insere-se nessa necessidade.

 

Em anexo o documento entregue na Mesa da AR com o texto e as perguntas formuladas ao Ministério da Saúde pelo GP do PCP.

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Viseu, 6/11/2018

O Gabinete de Imprensa da DORViseu do PCP