Camaradas, companheiros e amigos, comunicação social presente.
Apresentamos hoje os primeiros candidatos aos órgãos autárquicos: Câmara, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia de Viseu.
Honrando a confiança em nós depositada pelos eleitores há quatro anos, o trabalho que desenvolvemos pautou-se pela honestidade e pela competência.
Há quatro anos assumimos o compromisso de lutar contra o défice democrático que todos ainda hoje sentimos na nossa região, de manter a proximidade aos problemas concretos das pessoas que nela vivem, de organizar a luta pelo direito à saúde, ao trabalho com direitos, contra o encerramento de escolas, contra o encerramento de serviços públicos, contra as portagens, pela igualdade entre as mulheres e os homens, pela inclusão das pessoas especiais e tantas outras causas que se prendem com a melhoria das condições de vida dos viseenses. Hoje, como ontem, mantemos este compromisso agora reforçado pela qualidade da nossa intervenção, nomeadamente enquanto eleita na Assembleia Municipal.
Foi a CDU que, pela aprovação unânime de uma moção, permitiu que os pequenos proprietários florestais de Torredeita, por exemplo, possam aceder a financiamento europeu para reflorestar as áreas ardidas, verbas que no total ascendem a cerca de 400 mil euros. Foi pela ação da CDU que a CMV se viu obrigada a tornar transparentes decisões feridas de ilegalidade de que é exemplo a criação da Beira Amiga. Denunciámos o caminho da privatização do serviço de água e saneamento, do serviço de transportes públicos no concelho e do estacionamento na cidade. Foi também pela voz da CDU que as necessidades sentidas em muitas das freguesias chegaram à Assembleia Municipal. A nossa intervenção foi crítica mas também feita de muitas propostas desvalorizadas pelo executivo camarário mas por ele levadas à prática muitas vezes. A seu tempo daremos maior visibilidade a estas propostas.
Camaradas e amigos
Nestes quatro anos a CDU marcou a diferença na AM. Continuando a assegurar o nível de intervenção nesse órgão, pretendemos agora levar à Câmara Municipal a qualidade da nossa intervenção, a firmeza na defesa dos interesses das populações, a pertinência e valor das nossas propostas. Por isso nos propomos, provas dadas da nossa determinação em tornar mais transparente a gestão do município, a levar mais longe este trabalho. É preciso mais democracia na Câmara, é preciso fazer diferente para melhor, intervir no concelho de outra maneira. Não basta dizer que se faz para as pessoas, é decisivo fazer com as pessoas. Ouvir, envolver, incentivar a cidadania.
Continuaremos a bater-nos por uma visão estratégica que assente na realidade que temos e não num imaginário concelho reduzido a uma urbanidade comprada e feita por encomenda.
Agora que todos falam de acessibilidades, é bom lembrar que foi a CDU a única força política a opor-se ao encerramento das ligações ferroviárias a Viseu e aquela que mantém na AR Projectos de Lei para a sua concretização. Continuamos a luta contra o injusto pagamento de portagens na A24 e na A25 Defendemos a requalificação do IP3 em perfil de auto estrada sem portagens, a concretização do IC37, e uma ligação condigna ao Sátão. O novo sistema de transportes públicos manifesta-se insuficiente e inadaptado às necessidades das populações do concelho. Na educação apontámos continuamente a necessidade de intervenções e propusemos a solução para concretizar com urgência as obras na Viriato e na Grão Vasco, e defendemos o reconhecimento da excelência do IPV como primeiro passo para a criação da Universidade Pública. Continuaremos a lutar com os produtores pela construção do matadouro de Viseu, a valorização da Agricultura Familiar e a criação de instrumentos para o escoamento da produção agrícola, que não apenas o vinho.
Ao contrário do idílio dos slogans, a pobreza continua a assolar o concelho e a resposta é feita essencialmente de caridadezinha publicitada nas atas da CM. A criação de gabinetes a que assistimos nestes quatro anos apenas serviu a propaganda e as empresas com mais elevados volumes de faturação – o pequeno comércio ou a pequena indústria continuam a sobreviver e mal, nomeadamente no Centro Histórico onde as propaladas medidas para a sua revitalização, se revelam desconexas, ineficazes e contraproducentes, como demonstram as novas regras de estacionamento.
Do muito dinheiro investido na “propaganda” turística não sobrou nada para a elaboração do imprescindível Plano de Desenvolvimento Estratégico para o setor que vá para além da promoção de algumas quintas, da encomenda de fogo-de-artifício e luzes ofuscantes da verdadeira incapacidade para realizar ações sustentadas.
Da inércia na construção de infraestruturas essenciais ao desenvolvimento do Concelho, e dos ataques aos serviços públicos alimentada pelo governo do PSD e CDS, Almeida Henriques salta agora para a exigência apressada de que tudo o que não resolveu como secretário de estado se resolva no imediato. Cabe-nos manter a exigência junto do Governo para que venha para o concelho tudo a que temos direito, sem esquecer a responsabilidade do governo anterior no seu adiamento. Não posso terminar sem aludir àquilo que o executivo camarário chama de “verruguinhas” mas tão relevantes para quem sofre os seus efeitos nefastos: continuam a existir problemas graves de saneamento básico, falta a conservação e limpeza de caminhos nas zonas rurais e mesmo à entrada da cidade, falta requalificar a central de camionagem, faltam médicos, enfermeiros, pessoal auxiliar na saúde e na educação, falta acabar com a precariedade nos trabalhadores da autarquia, falta transparência nos apoios dados à cultura e às associações.
Falta a capacidade para conviver com a diferença, falta acabar com a arrogância de quem se perpetua como maioria e perde o sentido democrático do exercício do poder. O esplendor da liberdade exige outra cidade e outro concelho, exige pensar diferente!
A CDU faz falta na Câmara, dar mais força à CDU é afirmar a diferença!
Viseu pode contar com a CDU!