Quando o colectivo de que faço parte me designou para encabeçar a lista da CDU para a Câmara Municipal de Cinfães senti orgulho e, ao mesmo tempo, preocupação.
Orgulho porque é sempre bom ser escolhida, reunir consensos, sentir que o nosso empenhamento é reconhecido, que há confiança por parte dos nossos camaradas e companheiros no nosso trabalho e discernimento.
Preocupação porque há sempre o receio de não estar à altura das esperanças que os outros depositam em nós e porque, objectivamente, a tarefa de fazer uma campanha eleitoral não é fácil.
No entanto, num segundo momento percebi que discutir soluções com os principais interessados, ouvir as pessoas, lutar firmemente por princípios estratégicos não é para mim, porque não é para a CDU, uma coisa nova.
A CDU tem estado na linha da frente na luta em defesa de serviços públicos de qualidade, nomeadamente uma boa rede escolar e serviços de saúde adequados, pelo funcionamento pleno do tribunal, pela reabertura de serviços que antes aqui existiam e que foram desmantelados como a EDP, a PT, etc.
A CDU tem sempre pugnado pela criação de ligações dignas à rede rodoviária nacional, pela necessidade de proteger e apoiar a agricultura, a actividade florestal e pecuária.
Há também que não esquecer o desaparecimento ou degradação de projectos que, embora de iniciativa privada, tinham um pronunciado carácter social, como a Adega Cooperativa de Cinfães e o Lagar de Azeite – desaparecimento esse que favorece o empobrecimento e o definhar progressivo do nosso Concelho!
Fazer a campanha autárquica não é, afinal, nada de tão radicalmente diferente da luta que ao longo dos anos, sem esperar por eleições, a CDU tem conduzido e em que sempre tenho participado.
Desde as últimas eleições, tomámos posições, recolhêmos assinaturas de reclamação e protesto, denunciámos os problemas, participámos em manifestações, promovêmos reuniões e convívios, distribuímos nas feiras, na via pública e casa a casa documentos de informação e mobilização política.
Não fazendo a CDU parte dos orgãos autárquicos é de salientar que sempre fez ouvir a sua voz crítica relativamente a estes problemas e outros, fora e dentro da Assembleia Municipal.
Sei (sabemos) que a presença da CDU no seio dos órgãos autárquicos concelhios será uma lufada de ar fresco, dará mais brilho e energia às propostas, dará mais força às soluções e, ao mesmo tempo impedirá que se escondam os problemas.
É neste sentido que me comprometo, que nos comprometemos nesta candidatura municipal.
Viva a CDU!
Viva o Povo e o Concelho de Cinfães!
14 de Julho de 2009
Nasceu em Lisboa, na Freguesia da Lapa, em 1948;
Aderiu ao PCP em 1972 e até ao 25 de Abril tinha várias tarefas, nomeadamente a de distribuir o jornal “Opinião” em Coimbra. Actualmente é membro da DORV – Direcção da Organização Regional de Viseu do PCP e da Concelhia de Cinfães;
Com a Revolução dos Cravos passou a ser funcionária do Partido onde trabalhou até 1989, ausentado-se do seu trabalho enquanto tal durante 3 anos em que leccionou na Escola Secundária de Gondomar, mantendo, no entanto, uma participação activa enquanto cidadã e militante do PCP;
Entre 1989 e o final do ano de 1991 trabalhou no Centro de Formação do Sindicato do Comércio;
Por razões pessoais, designadamente a necessidade de apoio a um seu irmão, parou de trabalhar durante um período de 5 anos, aproveitando esse interregno para alcançar a Licenciatura em Serviço Social, tendo concluído o curso com sucesso;
Findo esse período, abandonou a Cidade do Porto, onde morou praticamente toda a sua vida, para ir morar para Cinfães, onde estão as suas raízes paterna, para concretizar um sonho: o de densenvolver um projecto agrícola;
Integra a Comissão Distrital de Utentes dos Serviços Públicos de Saúde e o Movimento “Em Defesa das Nossas Escolas”.
Faz parte da direcção da AFIRMAR – Associação Social e Cultural de Pias – projecto que tem contribuído para o desenvolvimento local nomeadamente através da promoção e realização de dois cursos EFA;