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Categoria: Comissão Distrital da CDU

CDU Linha Voto 2015

1. Tecnicamente nada temos a apontar à proposta, é um documento muito bem feito, de resto outra coisa não poderia esperar-se de um técnico que constitui uma referência mundial, apenas não conhecemos o seu custo.

Admitindo que a ideia peregrina de cidade região é mais que um chavão, há aqui matéria para que o MUV pudesse incluir a implementação de um metro de superfície que ligasse a cidade de Viseu a S. Pedro do Sul, com posterior ligação à linha do Norte, em Aveiro. Mas trata-se de uma coisa do concelho, não é verdade?

2. A respeito da linha azul para o Centro Histórico e tendo em consideração a anunciada proibição ou condicionamento de circulação automóvel no centro histórico, não encontramos e, a confirmar-se a sua inexistência, não compreendemos, que não esteja prevista a possibilidade de tarifas amigas para os residentes desta zona da cidade.

3. Considerando a referência à existência de circuitos escolares especiais no período escolar, espero que o horário destes circuitos venha a reparar situações preocupantes que atingem hoje alguns alunos, nomeadamente no que respeita à Escola Azeredo Perdigão que chegam a esperar mais de uma hora após a saída das aulas.

4. Gostaríamos de saber para quando está prevista a requalificação da vulgarmente designada Central de Camionagem.

5. Quanto ao serviço “A pedido”, da leitura atenta do documento, ficam por esclarecer algumas questões:

a) A quem se dirige o serviço “Oferta Reativa à Procura”, nomeadamente nos casos em que a sua existência se sobrepõe à existência de um circuito de transporte em autocarro.

b) Quem garante a ligação entre o cliente e prestador de serviço? É o utente que tem de realizar a chamada? Há uma marcação prévia nas Juntas de Freguesia, sendo que grande parte delas tem um curtíssimo horário de funcionamento ou abertura ao público? E se a necessidade não for programável? Para muitos idosos, utentes do Serviço Nacional de Saúde, fruidores de parcas pensões, este não é um benefício efetivo. Utilizar este serviço obriga-me a exercer uma tarefa: procurar três pessoas para que o serviço tenha um custo aceitável ficando o utente sujeito à contingência de lhe aparecerem cinco! Tem o sistema resposta para esta eventualidade? Na realidade, os residentes das seis freguesias em causa continuam discriminados. Por exemplo, se quiserem trazer a sua bicicleta, não o podem fazer enquanto noutras freguesias o autocarro lhe oferece essas condições! Entendemos que, se houver autocarro, nomeadamente às terças-feiras, organizo-me para vir à cidade – devia haver sempre à terça. Alguns presidentes de junta já aqui traçaram o retrato da realidade de hoje – como as empresas não têm lucro não vão às freguesias (no futuro, tendo em conta os critérios de avaliação consignados, o que podemos esperar vir a acontecer?)

Viseu, 09/11/2015

Pela Coligação Democrática Unitária (CDU)
Filomena Pires