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Categoria: Lamego

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Nos últimos meses têm os lamecenses sido confrontados com o rodopio da saída e a entrada de vereadores, acompanhada de especulações, boatos e rumores sobre a verdadeira dimensão das dívidas da autarquia, sobre a real situação do multiusos e o presente e o futuro do Concelho. Nas ruas, nos cafés, nos mercados, nos locais de trabalho, não se fala de outra coisa. Indiferentes a tudo isso, as forças mais votadas para a Câmara e para a Assembleia Municipal mantêm um comprometedor silêncio.

Nem a coligação PSD/CDS, nem a Comissão Política local do PS, podem deixar de conhecer esta inquietação dos lamecenses. Porém, estas forças políticas nunca exprimiram publicamente as suas posições e análises da situação, cumprindo desse modo um dever que lhes deveria ser sagrado. A atempada e regular informação dos eleitores e da população sobre o que pensam dos actos de gestão municipal. Como diz o povo: “quem cala, consente”.

Em vez de informar e esclarecer, alguns próceres da coligação, dão entrevistas tão abstractas e delirantes, dum primarismo tão insultuoso à inteligência dos munícipes, que mais parecem tiradas dos anais de Poiares “Ali” Maduro. É como se não quisessem por não ser conveniente, ou não pudessem por falta de consenso interno, transmitir uma real avaliação da situação.

 

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Esta é a verdadeira realidade destas forças políticas, em que predominam acima de tudo os interesses de lóbis e individuais, o poder como uma alavanca de influências e de proveitos, caldos de cultura que favorecem as corrupções diretas ou indiretas, encapotadas ou escandalosamente visíveis. Os ilícitos conhecidos não se devem, em nosso entender, a incompetência ou ignorância, não cometemos essa injustiça.

Só a CDU, tem vindo a alertar e a informar a população das verdades que vai conseguindo apurar sobre os desmandos da política arrasadora e de desastrosa gestão do executivo presidido pelo Eng.º Francisco Lopes.

Numa patética resposta à crítica expressa num comunicado do PCP, sobre o atentado que o conjunto arquitectónico do multiusos constitui na área e na leitura de um monumento histórico, artístico e religioso como o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios e o seu imponente escadório, o Senhor Presidente da Câmara afirmava que essas questões não são para ser discutidas “por amadores”. Que tristeza!

Não queremos concluir que o Senhor Presidente é um “amador” em questões de natureza política e gestão do património público.

E como se o multiusos não bastasse, assistimos agora à implantação de uma monstruosa “caixa de sardinhas”, onde parece que se pretende instalar os serviços de atendimento turístico, perto do Museu e da Messe dos Oficiais (antigo seminário) e ao lado do Tribunal. Afirma-se mesmo que este monstro ferrugento foi concebido para dar uso aos “restos mortais” sobrantes dos sucessivos desmantelamentos do multiusos, e que se pretende semear pela cidade este novo tipo de arquitectura (?). Esta construção marcaria a fronteira entre a velha e a nova cidade. Pois em nosso entender qualquer amador de bom senso não hesitará em classificar de horrorosa esta caixa monolítica, nem de antever que, no pino do Verão, as temperaturas interiores atingirão valores compatíveis com a capacidade de absorção de energia por aquelas placas férreas.

Respeitando o seu compromisso eleitoral e cívico, a Comissão Concelhia do PCP e o seu eleito na Assembleia Municipal de Lamego continuarão a estar disponíveis para atender, dialogar, informar e ser informados, com todos os lamecenses.

Por uma alternativa política patriótica e de esquerda, única garantia para a independência e futuro do nosso País e dos nossos filhos e netos.

Lamego, Fevereiro de 2015  

Comissão Concelhia de Lamego do PCP